quinta-feira, setembro 08, 2011

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Tem momentos que eu queria simplesmente não existir. Não é morrer, ou sumir é não existir mesmo. Tá tudo tão errado e eu me sinto tão culpada. E eu sou culpada. Agora que eu resolvi não acreditar em sorte, destino ou deus a coisa ficou um pouco pior. A culpa é toda minha. Eu queria saber onde foi que eu peguei a estrada errada, em que curva que eu fui pra um lado sendo que o melhor era ter ido pro outro. Como foi que eu vim parar aqui. Aqui não é legal, aqui tem culpa, tem fracasso, despontamento, cobrança, medo de errar de novo. Aqui tem falta de espaço, sentimento de abuso, é eu sei que tô abusando de todo mundo, e pra que? E se eu fracassar de novo, pra onde eu vou? Eu queria ser insensível, ou mais egoísta e pensar só no meu objetivo, mas não consigo. Fico me lamentando pelos prejuizos que eu causo, e não são poucos. E o pior é que eu estar aqui agora desbafando faz com que eu me sinta ainda mais culpada, porque parece que eu tô dando uma de coitadinha. Acho que era mais fácil quando ninguém lia meu blog e eu podia escrever o que sentia, desabafar sem medo de repercutir. Parece que eu tô curtindo a vida adoidado as custas dos outros, pelo menos é assim que eu vejo nos olhos e nas palavras alheias. Queria realmente não me importar com que dizem, mas as palavras da minha prima no natal, ainda ecoam na minha mente cada vez que eu fraquejo. Ela disse o que todos pensam, ela tava com raiva e falou.
Porque que tem que ser assim, tão dolorido, tão complicado, tão difícil. O que é que eu tô fazendo de errado? Como eu conserto isso? Suicídio está fora de questão, nem nos meus piores momento (e foram muitos, acredite) eu tive coragem, não vai ser agora, que eu tenho um pouco de esperança que eu vou fazer isso. Mas seria bom poder tirar esse peso das minhas costas. Se bem que quando eu conseguir tirá-lo, vai ser pra sempre, de uma forma ou de outra.  Ah, eu já não tô falando coisa com coisa. Talves para um psicologo eu seja apenas um clichê, mas na minha pele isso não faz diferença, queima igual. Acho que eu nunca estive tão confusa, tão sozinha e tão apavorada. Seria tão fácil não ter que existir...

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