sábado, setembro 24, 2011

Kibando a @carolinamendes

O post de hj é um oferecimento das organizações Clones Cara de Pau Cia Ltda.
Inspiração veio desse texto da Carolina Mendes na revistabula.com.
A proposta de pauta da revista era escrever sobre Deus. Com humor sarcástico que lhe é peculiar, a autora dissertou muito bem sobre o assunto, explicando porque não acredita na existência de deus, utilizando-se de metáforas bem interessantes.
Quanto mais penso em religião, fé e deus, mais me convenço de que essa é a maior e mais bem criada mentira da humanidade. Como alguém que pensa sobre o assunto de maneira lógica e racional pode acreditar nisso, eu não sei.

Fazendo uso de metáforas, vou expressar as minhas considerações. As pessoas que acreditam no sobrenatural, no divino misterioso estão presas a isso com uma corda de rituais e histórias. Quanto mais o sujeito acredita mais amarrado ele está. Os agnósticos (que não creem em religião mais acreditam em alguma coisa maior) são os mais covardes, porque estão presos por uma  linha tênue, como o elefante adulto preso por uma correntinha de alumínio. Os ateus são como balões de hélio, flutuando rumo à atmosfera soltos, livres, mas solitários.

Esse é o grande ponto, a solidão. Na minha opinião, as pessoas se apegam a essas histórias e mitos por puro medo da solidão. Eu acho que o intuito da religião, ao ser criada, era impor limites ao ser humano, culpa e medo de punição. Hoje isso não faz mais sentido. Uma pessoa que é considerada boa e não faz coisas "erradas" é assim por índole, educação, caráter e não por medo de repreensão divina. Deus não castiga. O que acontece de ruim é reflexo dos próprios atos e escolhas.
Então o que prende uma pessoa esclarecida e bem educada à uma religião?
Eu acredito que é o medo da solidão. As pessoas se sentem mais seguras acreditando que o mundo é um grande big brother de deus. E que num momento de desespero podem recorrer a ele, mas também quando cometerem uma falta serão por ele repreendidas.
Para esses crentes não basta ter bom senso e saber que se vc ferir um ser humano, ele vai sentir dor e que isso não é uma coisa legal. Que não se deve fazer aos outros o que não quer que seja feito para si. Não basta saber que se vc for ruim e desagradável vai acabar ficando sem amigos e até mesmo a sua família vai se afastar de vc. Ninguém é totalmente ruim ou bom, temos momentos. As pessoas deviam acreditar mais em si e não ficar buscando "algo" extraordinário para explicar o que é simples. Tantos fatos na história de morte e destruição por causa de religião, já deveriam bastar para que ninguém tivesse uma.


Meus pais nunca me impuseram religião, mas já fui católica quando criança e sempre achei um saco aqueles rituais todos. Admito que para completar a maldita catequese e fazer a primeira comunhão, eu usei de trapaça. Tínhamos um amigo padre, e ele "deu um jeitinho", porque depois de ser reprovada por falta às aulas por quatro anos seguidos, eu ía desistir (as aulas era as 6:00 am de domigo, ninguém merece), eu era mais alta (kkkkk) da cerimonia de primeira comunhão. E isso foi o mais longe que eu cheguei na religião católica. Quer saber a verdade? Eu só fiz parte dessa coisa toda porque morria de curiosidade e queria muito saber que gosto tinha a hóstia, #prontofalei.  Depois meus pais aderiram ao budismo e eu achava bem legal aquele povo todo falando "ionorenguenkiô" (era assim que eu ouvia, nem venha me corrigir, ok?) sem ter a menor ideia do que significava. Mas é claro que não durou, e hoje, aquele armarinho onde ficava pendurado um papel, escrito um troço em japones (que era supostamente proibído de olhar, mas era só minha mãe se distrair e eu abria pra espiar) é o armário dos apetrechos de sinuca do meu pai (bem mais útil).

Quando me entendi adulta, resolvi ser espírita, era uma forma de não ser religiosa e nem totalmente descrente, mas nunca engoli muito bem essa "religião". Hoje vejo o espiritismo como uma mentira quase infantil. Foi a forma que os agnósticos criaram de lidar com os rituais religiosos e de ter um consolo. As pessoas acreditam mesmo, mas eu tenho pra mim que é uma espécie de delírio coletivo. A nossa mente é muito poderosa e desconhecida, capaz de coisas que nem supomos. Ver um espirito?  Sonhar que dirige uma ferrari? Vem do mesmo lugar, é alucinação, a diferença que é sonhamos dormindo.
Mas se as pessoas pecisam de muletas pra suportar a realidade, que usem.
Nada contra, acho ótimo, só não venha impor suas verdades e nem me rogar praga porque eu não acredito. Eu ando mais interessada em tarjas preta, devidamente receitadas, é claro. Pelo menos estarei ciente de realidade. Livre em meus pensamentos e convicções.
O mundo é nossa MATRIX, e eu escolhi tomar a pílula vermelha...

É o que tem pra hj.
#bjmeliga

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