Encontro marcado.
A primeira vez que ela o viu sentiu que era especial. As primeiras vezes foram casuais, mas a partir daí ela calculava friamente seus horários para que aqueles encontros casuais acontecessem toda semana. E assim aconteceu por várias semanas, casualmente eles se encontravam. E ficavam cada vez mais próximos, cada vez mais íntimos. Ela gostava como ele dizia seu nome, como ele sorria ao vê-la, como se finalmente o dia ficasse iluminado. Ela esperava por ele com o coração acelerado, toda semana. Mas eles não se preocupavam com modernidades como telefone, email, redes sociais ou mesmo sobrenome, eram ele e ela, o são-paulino e a corinthiana, um esperando pelo outro, toda semana. Às vezes ela faltava, e na vez seguinte ele reclamava, porque ele sempre estava lá, esperando por ela...
Naquela manhã fria ela estava particularmente ansiosa, havia faltado na semana anterior, já não o via há quase quinze dias. Esperou certa do encontro, ele nunca faltava.
Mas dessa vez ele faltou.
Primeiro ela ficou aborrecida, como assim havia outro em seu lugar? Depois começou a divagar, e como sempre acontece quando ela pensa demais teve medo. Em quinze dias muita coisa pode acontecer. E se ele não aparecer no próximo encontro? E se ele não estivesse mais interessado em encontros casuais semanais que não davam em nada? E se ela nunca mais o visse? E se tivesse acontecido alguma coisa com ele?
De repente ela sentiu-se desamparada. Eles não tinham mais nada em comum além de estarem no mesmo lugar toda semana naquele mesmo horário.Ela não tinha ninguém pra quem perguntar, nenhum número pra ligar, ou email pra enviar,... nada. Nunca antes havia percebido como esses encontros eram tão importantes, como lhe fazia bem. Como um combustível que tornava as coisas melhores.
E se?
E se?
E se?
Ela só vai saber na próxima semana...
2 comentários:
A vontade de escrever apareceu é?mamy
porra daniela, quer dizer q tu é dessas que tem blog??
porra manero
bjos
www.blogdoboch.blogspot.com
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